DESESPERANÇA
Bem age aquele que aprendeu,
Nas veredas tortuosas da vida,
Não lamentar o bem que feneceu
E ainda sorri na dor mais pungida.
Se for difícil sarar-se a ferida,
Não se convalesce quem a sofreu;
Mas se para a chaga a cura for tida,
O remédio é o sangue que verteu.
No altar ergue-se d’ouro o bezerro,
Esse ídolo mal e exterminador,
A rir de mais um cruento desterro.
Após lamentos, preces e clamor,
Segue-se silenciosamente o enterro
Em que se ofusca tão breve fulgor.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br
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