Um dia...
Talvez no final da tarde,
Sentada no banco da praça,
Ousarei pensar em ti
Não mais com ternura
Mais acompanhada da fiel lembrança
Que me tortura.
Vou abrir nosso álbum de fotografias,
Com certeza , viverei o bis de cada momento,
Descreverei detalhes que a película do filme não registrou,
Acrescentarei a memória o quanto representou,
Nossas juras que o vento as fragmentou.
Por pouco, não rasguei a tua carta
A caligrafia parecia sorri
Respondi a ela com uma lágrima
Que o papel manchou,
Apagando a frase que me marcou.
Me vesti de teus presentes
Recordação doce da euforia em recebê-los.
Um deles me chama atenção,
Um pingente na forma de coração.
Senti saudade desse nosso passado,
Relíquia de um amor devotado
Que o tempo não prolongou,
Mais, enquanto ele existiu ,
A vida para mim sorriu.
Jair Martins 20/08/04 - 10:02h
|