Sem Juizo
Imaginas tu que sou sem juizo
Porque vivo calado, não falo ?
Mas penso, e em momentos reflexivos,
Divago em devaneios e
Contemplo no jardim a viúva negra
Sua teia é bela, me espairece
De cor da prata, sua rede
Recebe o orvalho da manhã, vem o sol
Num espetáculo meio dourado
Meio prata de cor selvagem,
Negra como a sombra de escuridão
Com raios amarelos esverdeados
Assim a vejo todos os dias,
Calado sem juizo que sou
Ðon Cuervo
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