Entre loucuras e normalidades,
momentos de alegrias e tristezas
ou simplesmente momentos...
Na escola da vida,
ora alunos, ora professores,
ora apenas meros observadores...
Como observadores, sentir as pessoas, analísa-las,
penetrar em seu universo mental, pode ser um exercício interessante,
por vezes cômico, se não fosse trágico...
Neste imenso palco, acompanhar os atores exige cautela
e acima de tudo, muita sensatez,
pois, um observador menos avisado pode, de repente, resolver participar
e na ânsia de parecer brilhante,o personagem incorporar,
esquecendo dessa forma, sua própria individualidade...
Esta individualidade sufocada, não aceita o destino que lhe é imposto
e, assim, o universo de cada um começa a entrar em crise ...
Ventanias, vendavais, terremotos, maremotos, vulcões em ebulição,
catástrofes necessárias para as grandes mudanças e formação de novos mundos,
novos universos...
Acompanhar histórias, seu desenrolar, as várias opções disponíveis, os
caminhos alternativos, as decisões tomadas e as conseqüências surgindo...
Dá dó, assistir certos finais,
mais dó ainda dá quando o final ainda não chegou, chances ainda
existem,porém o ator não percebe,
continua na pele do personagem, optando por caminhos contrários aos seus,
sofrendo por tanto...
Encontrar um bode expiatório para suas amarguras é sempre o caminho
escolhido...cego, insiste, todos percebem o que está acontecendo,menos
ele...
Pessoas se afastam, os amigos se distanciam, a família já não o reconhece e
ele...ele sofre, pois todos lhes são muito ingratos,não souberam aplaudir
seu esplêndido desempenho no palco da vida...
Ah... humildade, quanta falta faz ao homem - criação do maior gênio que já
se teve notícias - que por ter ouvido um dia "foi feito a sua imagem e
semelhança" acabou por se sentir a própria Divindade...
Rosiris - 1998
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