Usina de Letras
Usina de Letras
157 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Textos_Religiosos-->“ADEUS, JOÃO DE DEUS” -- 05/05/2005 - 11:07 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dois mil anos de cristianismo sedimentaram na humanidade um sentimento de fé, de religiosidade e de espiritualidade que se transformou numa órbita, em torno da qual gravitam as idéias, os costumes, os comportamentos psico-espirituais das pessoas, quaisquer que sejam os quadrantes da Terra, onde exista ser humano.
Muitas são as diversidades religiosas, inclusive algumas delas, como o Budismo e o Hinduísmo, tendo maior número de adeptos do que os vários segmentos da cristandade, mas não há nenhuma delas mais difundida e mais disseminada do que as correntes subordinadas ao ideal plantado por Cristo frutificado multiplicadamente em progressão geométrica, de forma exponencial.
Com efeito, nenhum chefe de Igreja ou corrente religiosa terá, no seu falecimento, a repercussão ou a comoção em cadeia universal como teve a morte do Papa João Paulo II, um homem do século vinte e de todos os séculos; um dirigente de Estado que preside o menor Estado, mas que está recebendo honrarias de todos os chefes de Estado do mundo; um idealista que polarizou todos os ideais temporais e espirituais; um chefe de religião que está merecendo as reverências de todos os chefes das outras religiões; enfim, um ser humano singular, ímpar, um santo que Deus já o canonizou e a Igreja católica só tem que homologar, e já.
Além de tudo isso, era uma figura humana simples, de incrível simpatia e empatia, de indescritível carisma, uma pessoa que se despojava da majestade da função papal para, como qualquer mortal, brincar bem humoradamente com as platéias que ficavam extasiadas diante dele.
Aqui no Brasil, ao som da música “Adeus, João de Deus”, ele se divertiu, cantou, brincou, se dizendo “brasileiro”, “carioca”, recebendo a alcunha de Papa pop; e não era sem razão, porque outra grande virtude sua era gostar de estar junto dos jovens e pelo destino dos jovens ele era um Papa que se preocupava, que os orientava e que por eles rezava.
Também soube ser forte e incisivo diante dos regimes ditos socialistas, mas na realidade totalitários, e, com a palavra de estadista e com a palavra sagrada de Deus, pôs no chão os mais bem armados países e regimes que ameaçavam o mundo com um arsenal atômico. João Paulo foi a prova de que os títeres costumam bater com os chicotes, mas apanham das palavras. Pois bem, João Paulo ofereceu sua face às chicotadas dos déspotas e bateu forte neles e os derrubou com a palavra. Fez tremer Fidel Castro quando, diante do ditador cubano, afirmou que a saída para Cuba era a democracia. Abalou os alicerces da poderosa América de Bush, ao condenar a guerra sem causa contra o Iraque. Era um ativo combatente contra as injustiças, partissem de onde partissem.
Lutou para proteger a família, zelou pela harmonia nos lares cristãos, ensinou que no pequeno universo de um lar está a célula do grande mundo familiar.
Com ele, bombas e artefatos nucleares não destruíriam a humanidade e não atingiriam a família. Sem ele, queira Deus que não, corre-se o risco de se esfacelar a instituição familiar ao sopro insensato e até criminoso de palavras mal ditas (malditas mesmo), sopradas pelos irresponsáveis propagadores de uma mídia mundial descontrolada, sem escrúpulos, cuja busca frenética por audiência está jogando bombas letais sob a forma de cenas cruéis, na violência, amorais, nos costumes, libertinos, na questão sexual, e medíocres, na educação. Não se trata aqui de propugnar por censura, de restringir a liberdade de expressão. Trata-se, apenas, de exigir respeito, lembrando a máxima, que por sinal vem da Roma do direito e da religião: o direito de cada um termina onde começa o direito do outro.
Muita coisa pode-se falar sobre o Papa João Paulo II. Um artigo é pouco; um livro é pouco; uma enciclopédia é pouca; uma biblioteca é pouca; uma universoteca ainda é pouca. Sua biografia vai além das publicações, dos CD-ROM’s, das memórias dos mais avançados equipamentos da mais avançada tecnologia. Tem dimensão infinita.
Tudo isso está amalgamado numa figura humana cuja imagem cativa, cujo sorriso emociona, cuja palavra toca a mente e o coração. Sua imagem serena descansando naquela mesa, exposta no Vaticano, só desperta nos fiéis o choro, a saudade, a sensação de perda irreparável.
Mas, seu exemplo será eternizado. Muitas e muitas gerações continuarão recebendo suas mensagens, seus ensinamentos, seus ideais.
Por fim, concluo dizendo:
“Vai João, Vai João de Deus;
Deus está te chamando
Para junto com ELE
Cuidar dos filhos Seus”.

Requiescat in pace.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui