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Contos-->TEC, TEC, TEC -- 19/11/2003 - 12:52 (Roberto Shiniti Fujii) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia resolvi fazer a disciplina de Prática de Ensino, e estávamos falando variedades enquanto o professor atendia individualmente os alunos, corrigindo e discutindo sobre os planos de ensino. Ali no fundo da sala, de uma ampla mesa no centro dessa, rodeada de armários com vidrarias e modelos didáticos que acumulavam pó calmamente na medida dos tempos, estávamos conversando inutilidades, até que o assunto começou a cambalear para o velho saudosismo. Uma das personagens estava mostrando seu trabalho, feito à mão, devido ao fato de que seu computador havia, literalmente, pegado fogo e, nesse instante, a máquina de datilografar saltou do inconsciente coletivo daquelas mentes anciãs.
Palavras que um dia foram moda como Olivetti, Remington, ASDFG (espaço) iam preenchendo o local. Lembramos da época em que nossos pais diziam que se nós não aprendêssemos a datilografar corretamente, não haveria um futuro digno, pois ninguém com sã consciência nos contrataria. Meu pai e minha mãe tentavam me ensinar a datilografar os recomendados 130 toques por minuto, repetindo incessantemente: ASDFG (espaço) ASDFG (espaço) ASDFG (espaço) ASDFG (espaço)... as tabulações loucas que se organizavam no “carro” e a função da sinetinha que tocava antes das 10 colunas do final da margem direita.
Contou-nos então, uma das personagens sobre o requinte da sua máquina que tinha memória para 10 linhas e escrevia num papel de fax. Ressaltei a importância da folha de tabulação que se colocava atrás da folha principal para calcular a centralização das palavras. Nessa hora, outra personagem olhou para um dos armários e disse: “Alguém sabe o que é isso?” Olhamos pasmos. Era um mimeógrafo! Inteiro! Quase novo. Parece que a infância havia retornado e o cheirinho do álcool característico daquele equipamento nos contaminava. Alguns citaram a saudade de pintar as folhas com desenhos cujos contornos azuis estariam grudadas e outros lembravam da professora (tia) que pedia para os Escolhidos “mimeografarem” (palavra esta que está quase extinta de nosso vocabulário) os textos e desenhos.
Depois de alguns minutos, o professor nos chamou e tivemos de parar nossas teorias diversas sobre a infelicidade das novas gerações em não ter conhecido tudo aquilo.
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