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Cordel-->a morróida -- 02/11/2006 - 10:23 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A morróida
Por Airam Ribeiro
02/11/06

Ieu saí pro mei du mato
Pra pudê discarregá
Quando oiei di repenti
U’a dô grande pra daná
Cum a maça induricida
Era uma dô bem duída
Mutio dura de suportá.

Tanta força qui fazia
Pedi pra Noça Siôra
Mi ajudi Virgi Santa
Pr’eu discarregá iço agora!
Mai cum as bosta ricecada
E as força aumentada
A morróida vêi pra fora.

Sem sabê u qui fazê
Naquele mato ali
Ieu gritei pur Bastiana
Para vim logu mi acudi
Lá imbaxo vi a fulô
Qui a morróida ficô
Ô meu Deus cuma sufrí.

Cum jeitim Bastiana
Pegava naquela fulô
Devagazim com coidiadu
Pra dento ela infiô
Ieu sem pudê cagá
Fiquei só a maginá
Pra i atrais dum dotô.

Andano de perna aberta
Cum vontadi de cagá
Vinha aquela dô finia
Na ora de principiá
Condo vem agente tenta
Mai só qui num agüenta
Deixá a bosta passá.

Mi diceru qui na cidadi
Tem um famoso dotô
Qui podi inté acabá
Cum eça mia grandi dô
Um tal de pruquitulugista
Qui veio lá de cunquista
Qui na cidadi xegô.

Fui lá no seu iscritóro
Para vê o tal du dotô
Quano mi viu foi falano
-O que é que tem o senhor?
Ieu cum cara di coitiadu
Tombém mei discabriadu
Falei qui tava sintinu u’a dô.

Qui duença é eça dotô
Qui faiz as bosta rissecada
-Isso eu posso explicar
São as veias dilatadas
De tanta força que fez
Ela dilatou duma vez
Que ficaram tão inflamadas.

Enton iele mando ieu ficá
Na pusição de catacavacu
Meteu um aparei cum u’a luiz
Lá dentu du meu buracu
-A hemorróida ta inflamada
Vamos operar meu camarada
Você não pode ser fraco!

Enfia essa mangueira aí
Mas enfia bem devagar
Eu vou abri a torneira
Que é para a água passar
Nós vamos da a lavagem
Que é pra maça ter passagem
Que é para poder operar.

Dêceru tanta bosta
Pur aqueli cano groço
Qui paricia u’as pedra
Cada pedaço de trôço
E cum aquela lavagi
Ieu criei mai coragi
Oianu praquele moço.

De agora em diante
Você não pode comer
A barriga estando vazia
Não tem nada para descer
Vamos fazer a operação
Que é pra você meu irmão
Deixar esse seu padecer.

E reganharu meu fiofó
Mexeru feiz o qui quis
Infiaru tantu trem
Qui vinha pertu du nariz
Dispois elis limparu
Tombém despois custuraru
Na uperação qui ieu fiz.

Ieu qui tava di quato
Saí daquela pusição
Ali já bem mai mió
Despois da uperação
Cum o fiofó todo custuradu
Tivi qui isperá um bucadu
Pra cumê arroiz e fejão.

Despois de argum tempu
Vortei lá nu ospitá
Pra os ponto das pregas
Elis podê arretirá
Aquilu tudim coladu
Já tava dispriucupadu
Agora já pudia cagá.

e-mail airamribeiro@gmail.com
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