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Cartas-->JORGE, MEU QUERIDO JORGE! -- 23/03/2003 - 09:22 (ROSAPIA (veja página 2)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JORGE, MEU QUERIDO JORGE!

(Publicado a 11/03/2003)

Diante de tua Carta, o quê dizer? Digo de cara que a chorona chorou... Tu me despertastes as maiores emoções, me mostrastes as lembranças que não tenho, que a mente recém-nascida não registrou... Pois, de repente, tantos anos depois, eu me vejo nascer... Chorando pela primeira vez, sem saber que muito choraria pela vida, um pranto diferente, de sofrer, de perder, às vezes de morrer. Como nasci em casa, além do médico, fui recebida por um cachorro – o Pretinho – que não saía da cabeceira de Mamãe. E ele latiu ao me ouvir chorar... O bicho que aprendi a amar ainda na barriga da Mamãe. Não sabia que ele encarnava os bichos, todos os bichos que são minha paixão primeira, que seriam a luta maior de minha vida. Mamãe me contava que passava das 23 horas do dia 12, ela em trabalho de parto, não se queixava, só pedia ao médico que não deixasse passar da meia-noite, que dia 13 dava azar... E eu, por ironia, nasci quando faltavam 13 minutos para a meia-noite... Foi meu primeiro ato de rebeldia!... Pois Mamãe contornou e elegeu o número 13 como seu número de sorte... Quê mais dizer? Ah, tenho sim, muito mais a dizer. E digo aqui para o mundo saber... Muito a dizer dessa Abigail que me trouxeste à tona, a autora de minha vida, a grande mulher que me acompanhou como amiga mais até que mãe, a cabeça já enorme que, ao me ouvir, dizia que tinha que se reciclar a cada momento para me entender, me aprovar... E conseguia. E quando eu errava, aprontava e sofria, corria pra ela, pedia socorro, reconhecia o erro mas mostrava que estava contente pela lição aprendida. Ela então fingia se descabelar, erguia as mãos pro céu e exclamava: Por que eu fiz isso, meu Deus!!!??? E eu ria: “isso” era eu!!! Como ela admirava minha vida por tantos criticada. Como ela curtia cada um dos passos que eu dava na busca da felicidade. Como ela me acolhia e me entendia. E como falava de mim para todos que a quisessem ouvir, orgulhosa da filha diferente que ninguém mais tinha... A Abigail, Biguinha, minha fofinha, minha gordinha bonita, risonha e feliz!

Não poderias me dar melhor presente, Jorge querido, do que trazer neste dia a lembrança de Mamãe. (Aliás, como descobriste o nome dela?) Hoje aqui, ela estaria curtindo conosco este dia, eufórica como sempre, orgulhosa da filha fruto de sua vida, te olhando respeitosamente e dizendo: Obrigada, seu Jorge!...

Nunca curti tanto um aniversário como estou curtindo este. 64 nem é um número especial... O que me faz curtir diferente é o Amor que chegou, forte, puro, lindo, lutador. Tão lutador que lutou para não acontecer, mas foi vencido e docemente se entregou, para minha sorte... Esse o amor tão meu e tão livre, tão esperado, coroando a minha história toda feita de amor e liberdade, o fim glorioso que eu sempre desejei. Este é o primeiro aniversário com esse enorme Amor no coração. E este é o primeiro aniversário que eu não desejo seja o último. Neste aniversário eu quero a vida, somente a vida pra somente viver... Ah, Mamãe curtiria isto tanto ou mais que eu...

E este aniversário é mais ainda diferente pelos tantos amigos que estarão presentes, abarrotando o salão de festas em que transformei meu coração para receber a todos, todos juntos, meus amigos, meus amores, sem faltar nenhum! Quero todos ao meu lado para cantarmos o Amor que chegou, Amor do qual sou uma das mensageiras, neste mundo tão falto dele.

Obrigada, Jorge - amigo e amor junto comigo -, pelo presente imenso que me deu. Meu beijo.

Obrigada, Mamãe, pela vida, pela sabedoria, pela ternura. Todos os meus beijos.

Meu beijo a todos os amigos desta Usina feliz, muitas vezes companheiros e ouvintes pacientes de meus desabafos.

Meu beijo especial ao Amor que chegou e a quem me entrego inteira!


Sal

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