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Poesias-->Dualidade -- 19/09/2004 - 23:33 (IZABEL ROSA CORREA) |
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Registro meu nome após o título.
É preciso gravar, com certeza, a autoria.
Ou a censora cética e sisuda
renega - com veemência – o verso escrito.
Não se reconhecem são distintas cepas.
Uma é cedro altivo e resistente
casca de aço na luta cotidiana
energia e fibra de guerreira urbana.
Qual ostra atingida pela pedra
a outra vai polindo a dor, o espinho
poesia é pérola, sofrida e luminosa
s o l t a
na bruma de um azul marinho.
Quando convergem no mesmo plano
o olhar que habita mundo etéreo
- insano -
e o vigor sensato que esculpe os dias
viceja o caos nas áginas dispersas.
Na muralha pétrea, intransponível
Vaga um desejo, inquieta maresia
de libertar as sílabas no espaço aberto
ou acobertar na sombra a dúbia poesia.
Não há vitória nem júbilo convicto.
A batalha continua “ad eternum”
- falso dueto -
a plagiar em público meu insular conflito.
izabelrc@brturbo.com.br
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