Suponho que sou alguém
Que descansa os olhos pelas frestas
Da vida e vê espelhos,
Espelhos, espelhos
Semelhantes aos contidos nas centelhas Divinas.
Suspeito que sou uma doce semente que abriga-se
Em alguns cantos da terra e que cresce de vez em quando,
e corre riscos
e enfrenta dores
e quebra cabeças
e quebra nozes
e arranha céus.
Suspeito das minhas fantasias,
às vezes feita de meias palavras,
vãs, corriqueiras,
às vezes escondida em frases universais,
verdadeiras.
Suspeito que sou assim,
um breve fragmento
rumo ao inteiro de mim.
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