Ama, com fé e orgulho a terra em que nasceste!
Criança! Não verás nenhum país como este!
Olha que céu! Que mar! Que rios! Que floresta!
Natureza, aqui, perpetuamente em festa.
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
(Olavo Bilac)
Aos olhos dos poetas e dos apaixonados o Brasil é uma potência. Não pelo fato de ser o país do futebol, da mulata, da cachaça, da bossa nova, das belezas naturais, do carnaval e do samba. Mais também, pelo esforço de sua gente que trabalho dia e noite na esperança de conquistar seus sonhos. Um povo que enfrenta situações adversas como o apagão, a seca, a violência, a dengue, a corrupção, a fome e o desemprego, sem jogar a toalha, faz qualquer um acreditar em dias melhores. Dizem por aí que brasileiro é um boa vida e só gosta de sombra e água fresca.
Pobres almas levianas, conhecem o país somente pelas manchetes de jornais e têves, em dias de feriado. Todos os dias trens, metrôs, ônibus, vans e barcas, estão sempre lotados, transportando milhares de pessoas de segunda a sexta, até o batente.E a solidariedade, outra característica do brasileiro. Nos momentos de calamidade pública, ele não deixa de ajudar o semelhante. Seja rico ou pobre, o brasuca tem bom coração. Sem sombra de dúvidas, podemos levar fé na rapaziada como cantava Gonzaguinha em versos. Aliando as nossas riquezas naturais e a fibra do brasileiro, ninguém segura a nossa pátria.
Entretanto, nem tudo são flores. A grande maioria dos políticos, por exemplo, estão pouco se lixando para os problemas do Brasil. Eles gostam é de falar com desenvoltura nos palanques e nas televisões, enaltecendo as qualidades do povo e o potencial do país. Porém, suas idéias não correspondem aos fatos. Na verdade, procuram apenas aplicar a Lei de Gerson, ou seja, tirar vantagem em tudo. Quando o bicho pega... conforme diz a gíria, enterram a cabeça no chão como o avestruz, deixando a bomba na mão do eleitor.
Sou simpático ao pensamento do Presidente da LBV, o jornalista e escritor Paiva Netto, que define a política como Sacerdócio. Segundo o ilustre jornalista, "governa bem o político que - não esquecendo os corpos - aquece os corações e ilumina as almas, animando-os à sobrevivência com as armas do Amor, da Verdade, da Moral e da Justiça." A preocupação de um chefe de família em não deixar que falte nada para sua família, deveria servir de exemplo para os políticos em relação ao povo. Contudo, não como favor ou caridade, mas como obrigação. Infelizmente, a grande maioria só pensa sem si.Enquanto o ladrões da pátria engordam suas contas bancárias com o dinheiro do trabalhador, 50 milhões de brasileiros estão passando fome, segundo consta o Mapa da Fome, divulgando pela Fundação Getúlio Vargas. Sem trabalho e sem ter o que comer, crianças e adultos disputam comida nos lixões da cidade. É hora dos políticos pararem de dizer que o Brasil está no caminho certo, para começarem a fazer algo prático em prol do País. Senão, iremos sempre rezar para São Pedro e promover a dança da chuva, a fim de evitar, por exemplo, o apagão. O povo vem fazendo a parte dele, sendo solidário quando solicitado, esperamos que os governantes façam a deles.
Jorge Alexandre de Araujo
Estudante de Letras - Universidade Gama Filho
Rio de Janeiro
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