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cronicas-->Pensando despreocupadamente nesta tal de liberdade -- 09/04/2003 - 01:08 (Wilson Gordon Parker) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Outro dia, olhando a minha vida pelo retrovisor, notei que a liberdade estava nervosamente colada no meu passado. Sempre querendo me ultrapassar, desaparecia no meio do nevoeiro, surgia velozmente em alguma retas, derrapava nas curvas, enfim, ela nào tinha nenhuma noção dos seus limites.
Parecia uma ilusão, e as vezes permitia que eu brincasse de ser livre. Mas para que houvesse realmente a tal da liberdade seria necessário que os meios de coerção que fazem a vida social possível não fossem necessários.
Os filósofos gregos e os anarquistas, imaginavam que o conhecimento iria criar um homem super-moral, que iria ser bom porque sabia que neste mundo nós precisamos ser bons, e não porque somos obrigados a se-lo.
Nas religiões, ser bom é a condição principal para ficarmos de bem com Deus, e é por causa desta possibilidade de irmos parar no céu, é que faz com que as pessoas tentem fazer mais coisas boas do que ruins.
Entretanto, nos dias de hoje, o medo do inferno já ficou para segundo plano, havendo muitos que acham bem mais interessante ir passar o resto da eternidade na companhia de satanás, porque eles acham que o pior mesmo acontece aqui na terra, quando as pessoas vivem na miséria e no abandono.
Encarando o assunto deste modo, acontece uma corrida de loucos em busca das coisas materiais que a sociedade nos oferece.
Neste ambiente de disputa desenfrada pelo bem estar individual, as pessoas começam a atropelar as outras, esmagando tudo o que surge na frente para impedir o sucesso material do próximo. Assim sendo, será preciso criar leis para que sejam definidos os limites das pessoas, para que sejam limitadas as suas ações, tendo em vista que a sua liberdade de agir em busca do seu bem estar, passou a prejudicar a vdia de outra pessoa.
Assim sendo, nos defrontamos com a nosssa triste realidade, ao constatarmos que se não houver regras e leis, os homens vão se comer vivos.
Dizem as más linguas que as leis foram inventadas para proteger os interesses da classe privlilegiada, pois ninguém pode explorar uma pessoa que é livre.
Hoje em dia existem meios mais sutís e sofisticados de se retirar a liberdade das pessoas. De forma invisível, as elites, por intermédio dos recursos da mídia, invadem a nossa mente, e nos tornam prisioneiros das suas ambições, nos torpedeando com as suas propagandas enganosas.
A grande verdade é que os homens não sabem realmente o que é bondade, pois a noção do que ela seja foi perdida em meio à vaidade e a hipocrisia da classe dominante. Assim sendo, o homem ao invés de lutar por objetivos reais, confunde-se nas névoas das convenções sociais.
No meio de toda esta armação perversa, aqui no mundo ocidental foi feita uma associação errónea entre o conceito de liberdade e individualismo.
Sem dúvida, toda liberdade percorre um caminho individual, mas não será por isto que iremos deixar de nos preocupar com os outros.
Entretanto, chegará um momento em que deveremos sentir vergonha de sermos felizes sozinhos.
As pessoas não devem apenas adotar um doutrina libertária, mas elas devem ter um desejo forte e dinàmico de liberdade.
Precisamos estar abertos a novas experiências, modificando aquilo que pensamos do mundo, pois não devemos apenas procurar aquilo que já sabemos.
Desta forma seremos cada vez mais livres.
O meu vizinho, pela sua vivência, dará uma resposta diferente da minha sobre o mesmo acontecimento.
Estaremos caminhando para a liberdade.
Contudo, se as pessoas não dispuserem de informações suficientes e de qualidade para as suas decisões, ou não souberem pensar adequadamente sobre as informações de que dispõem, o exercício de sua liberdade fica prejudicado.
Existe também a tal da liberdade para nada, qual seja, aquela que vontade sem sentido aparente, que surge quando você está em casa vendo TV ao lado da família, e subitamente você sente um desejo louco de sair e dar uma volta no quarteirão.
E você avisa: "Vou dar uma volta no quarteirão"
Se todos dizem ao mesmo tempo : "Porque?", ou "Está chateado?", ou "Vai telefonar para a outra?", ou mais uma dezena de perguntas similares, você pode estar certo que você não tem liberdade, mas é possível que todos gostem de você.
Se ninguém diz nada, e continuam vendo a televisão calmamente, pode estar certo de que você é livre, mas é mais do que evidente de que ninguém gosta de você, e provavelmente você é um corno.
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