Me sinto fria. . .no real azul desta cortina. . .me sinto cruel, por analisar e julgar o tempo inteiro. . .me sinto sabotada, por não mais crer em desejos...
Na estranheza da quietude dos sentidos te observo...buscando qual seria o seu traço que mais fácil me faria tremer de emoção, qual seria um bom motivo para a minha dependência.
Rio em perceber certas necessidades, e certos equívocos. . . na balança da rede busco o conforto. . .e me confronto com sua própria inconstância. . . na balança das horas busco o por vir e m surpreendo com a incerteza e com a minha ausência.
Quero estar aqui. . .pra te ver.. .pra descobrir que caminho é este, quero olhar e estar, quero comer, quero ouvir...quero falar.
Quero aprender a acolher o “por hora”... e saborear o “minuto pulsante”, dentro do que sou...dentro do que somos.
Os espinhos me feriram...os espinhos me acariciaram...e agora novamente me ferem e o que afinal isto importa?
A coisa mais fundamental agora é a minha escova de dentes roxa e dela farei a minha nova obsessão, assim estarei livre no resto do tempo...para o mais preciso encontro com o acaso em todo o ocaso...para sempre..na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na dor e no prazer e no amor em viver.