Dorme
Que de olhos fechados, a vida não passa
E o tempo não existe.
Dorme
Que de olhos fechados somos reis.;
Tão reis quanto tantos que existem
De reinos de sonho
E olhos bem abertos.
Dorme
Passeia no tempo
Volta a deitar no colo de tua mãe
Volta a cair nos braços do teu amor
A esconder-te, com os amigos, do pegador
E da vida.
Dorme
Que o Sol é um caçador inevitável
A noite é um segredo revelado
E a angústia, enfim, não serve a nada.
Tenta dormir um pouco...
Dorme
Dorme.
Rogério Penna
out. 2004 |