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Poesias-->ENCONTRO DE ÁGUAS -- 04/10/2004 - 21:40 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De um encontro de águas nasceu este amar.

As águas do meu castanho seguiam,

ora calmas, ora turvas, sem mapas ou guias,

e invadiam teu mar.

Ora este oceano que te habita

silenciosamente espreitava-me, à distância,

ora, sem muita cerimônia e nenhuma fita

buscava nos meus a mesma ânsia

de encontrar também o mesmo carinho

que ia aos poucos, de mansinho,

brotando em meio às afinidades tamanhas

que já não cabiam mais na conta da amizade.

Seguiam nossas águas assim, misturadas,

silenciosamente derrubavam montanhas,

cortavam vales, abriam estradas,

desbravavam terras estranhas,

inundavam o deserto das almas cansadas.

De águas tão diferentes alimentou-se este amar.

Das águas salgadas brotadas ora da emoção,

ora de tristeza infinita, do não conhecer os rumos,

do não saber a estrada que levaria

onde desejava estar o coração.

Das águas adoçadas pelo carinho que pelos olhos vazava,

pelo entendimento que vem por si,

sem nenhuma fala,

pelo amor que se faz quando a voz cala

e pelos toques que vão fundo quando a pele mal resvala.

Por águas revoltas passou este amar:

tempestades intensas, maremotos, inundações

que deixaram rastros de desordem e destruição.

Tão fortes as nascentes destas águas,

que continuam a brotar sem pausa,

alimentando o curso do rio caudaloso,

sem precisar de razão ou causa,

para inundar o terreno ocioso

de amores que nos habitava.

Segue este amor feito de águas,

varrendo o caminho que cava,

à força da coragem de existir,

queimando o corpo feito brasa,

curando feito elixir.

Às tuas águas as minhas entrego,

somo ao teu mar o meu rio,

ora manso, feito de carinhos que rego

com as águas bravas do cio

da mulher que geraste, sem que soubesses,

ao inundar com teus mares as águas do meu rio.



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