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Erotico-->Sussurros -- 09/09/2001 - 16:18 (Maria Julia Resende Brazil) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sussurros

Moves-te silenciosamente pela casa, enquanto observo-o, fingindo displicência. Teus pés tocam o chão com suavidade, em passos delicados. Gosto da tua discrição. E, por saber que gosto, assim caminhas, como se não existisses. Cabeça baixa, olhos sempre no chão, só te dirige a Mim quando o chamo, com um sussurro, para que venhas atender algum de Meus caprichos. Sussurro sempre. E, assim, obrigo-te a estar sempre atento. Vejo teu corpo estremecer involuntariamente ao ouvir Minha voz, e, com um sorriso, Me deleito ao ver o brilho em teu olhar. Vem, que te quero perto, enquanto acaricio teus cabelos. Seria capaz de ficar horas assim, te observando a Meus pés, entregue aos Meus desejos. Tua submissão atiça os Meus sentidos. Vejo a excitação entre tuas pernas, quando toco tua pele com a ponta dos dedos, e lembro nesse momento das Dommes que não apreciam a ereção de seus submissos, obrigando-os a evitá-las. Nada me agrada mais em um homem do que sua permanente ereção quando em Minha presença. A submissão é demonstrada exatamente no incômodo de não se satisfazer, e de estar sempre pronto.
Aproximo Minha mão de tua testa, tocando-a com doçura, e pressionando levemente a palma da mão na tua pele. Você fecha os olhos, entregue, consciente das palavras que o gesto omite... você Me pertence, em pensamento, desejos e sentimentos. Num ato consensual, levas Minha mão aos teus lábios, e ao teu peito, completando o ritual de domínio, de submissão, de encantamento. Beijo tua boca, invadindo-a com Minha língua, penetrando teus sentidos e te fazendo Meu. Possuidora do teu corpo, cada orifício teu se transforma em objeto de desejo, cada poro se abre, para Mim... Por Mim... E te ofereces... Vadio... Inteiro...
Já não és homem, nem mulher. És tudo ao mesmo tempo: anjo, menino, macho, puta, fêmea... Encarnando aquilo que desejo. Tens a forma do Meu prazer.
E o Meu prazer sempre passa pela dor... Ou, quase sempre.
A dor me excita, como forma de prazer. Liberta vontades, expande os limites de entrega, estreita laços, desperta os sentidos, dilata o gozo. E aprofunda as sensações, sempre mescladas a carícias e afagos.
Um sorriso malicioso surge em Meus lábios... E Minhas mãos buscam a corrente por entre Meus brinquedos especiais.
Uma corrente bonita, com elos em metal bem trabalhado, fina e graciosa. Em cada ponta, pequenas garras prometem cumprir seu papel, e a Minha vontade. Teus mamilos endurecem, diante da visão do Meu objeto preferido, e Me ofereces teu peito, levando os braços às costas e cruzando os pulsos. Tuas mãos se crispam, antegozando a dor que tanto aprecio. Pouco sabias de dor, antes de Me conhecer. Pouco suportavas. E hoje Me ofereces o corpo, com gratidão. Não posso discernir se o fazes por gosto próprio, ou pelo Meu prazer. Prendo uma garra em teu mamilo, admirando tua face contraída pela dor. E passo a língua pela pele escurecida, envolvendo o metal e o mamilo, numa carícia suave. Teu sexo pula, não sei se pelo prazer em Meus olhos, se pelo brilho dos teus. Respiras pesado. E abaixas a cabeça, te mostrando pronto para a próxima fisgada. A pequena garra ocupa seu lugar, deixando a corrente pendurada em teu peito, ligando os mamilos e adornando teu corpo com perfeição. Tu gemes baixinho, e o som penetra Meus ouvidos, Me enchendo de desejo. Música para os Meus instintos, sinto Meu sexo se inundando de um líquido quente, no qual mergulho o dedo, te oferecendo como prêmio aos lábios, por tua dedicação em servir-Me. Sugas Meu dedo com a avidez dos sedentos, e admiro tua boca ao sugar, não controlando os movimentos de vaivém que Meu dedo insiste em praticar. Coloco com carinho a corrente em tua boca, tocando teus lábios de leve num gesto de encantamento. Teus olhos se fecham quando agarro firme teu cabelo, e conduzo tua cabeça de encontro ao Meu sexo quente e molhado. Esfrego teu rosto em Mim, Me excitando em tuas saliências, nariz, queixo, ossos da face, te impregnando com Meu perfume, te marcando com Meu gosto como um território de Minha propriedade. Tua boca se abre e Meu sexo pulsa, latejante, sentindo o roçar da corrente, a tua língua, os teus lábios sendo conduzidos pela Minha mão na tua nuca. Sentes a dor da corrente aumentando a tensão nas garras, e gemes de dor e prazer ao sentires Meu gozo se aproximando... Forte... Meu gozo inunda tua boca, e bebes em Mim, vadio, enquanto teu próprio gozo se derrama no chão frio.
Corpo extasiado, recosto-Me e adormeço, com um sorriso nos lábios.
Enquanto tua graça caminha pela casa, em silêncio.

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