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Cronicas-->Um viajante de alma santa-ritense -- 19/08/2000 - 18:58 (Humberto Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tietê
Paulista da cidade de Tietê, de onde são todos os seus familiares, Paulo Cunha Toledo é membro de uma tradicional família daquela cidade. Filho de Manuel Córrea de Toledo e Maria Elisa Campos de Toledo, ele viveu toda a infància na cidade natal. Seus pais eram fazendeiros. Era o terceiro filho de uma família de seis proventos. Ele sempre gostou de política. Quando jovem, em Tietê, se envolvia com os acontecimentos políticos de lá. Gostava de um bom debate acalorado. O gosto pela política deve ser hereditário, pois seu filho caçula, Paulo Frederico de Toledo, mais conhecido como Paulinho, também tinha sua veia aguçada para a política.
"Seu" Paulo Toledo tem orgulho de dizer que o prefeito que trouxe o Vale da Eletrónica para Santa Rita do Sapucaí, foi seu filho Paulinho. Acompanhado sempre de sua filha Miryan de Toledo e da neta Elisa Carneiro de Toledo, a entrevista se deu como um passe de mágica. Através da companhia das duas, filha e neta, os "causos" iam sendo rememorados aos poucos. Na sala de visita aconteceu o primeiro contato. As histórias, as fotografias e a presença da linda neta. Após o final da conversa, fomos todos nós para a sala de jantar, onde estava preparada uma belíssima mesa para um delicioso café da tarde.

Revolução constitucionalista
Uma voz firme e decidida entoa nos horizontes do interior paulista: "Soldado Toledo. Sentido! Hoje você será o capitão do front pela democracia". A voz é de um comandante do Exército Constitucionalista de São Paulo que travava uma verdadeira guerra com as mílicias getulistas. "Por São Paulo e pelo Brasil", este é o lema dos paulistas que querem tirar Getúlio Vargas do poder a qualquer custo. Foram mais de seis meses que "seu" Paulo Toledo viveu distante da família, dormindo em qualquer lugar, quando dormia. Ele estava no froint de batalha. Viveu de perto momentos tristes, quando via algum companheiro ser morto. Foram mais de seis meses obrigado a passar por privações, longe das pessoas a quem amava. O mais difícil, sem dúvida, é, talvez, a dor e a humilhação da derrota. Ao acabar as lutas, todos os soldados constitucionalistas de São Paulo foram presos e somente depois devolvidos às famílias. O reconhecimento da luta do soldado Toledo só se deu décadas depois da Revolução de 32, quando o Estado de São Paulo reconheceu todos os bravos soldados constitucionalistas através da Carta Magna escrita pelos deputados paulistas em 1988. A partir daí, "seu" Paulo passou a receber o soldo e uma honraria ao mérito por ter sido um soldado constitucionalista.
Santa Rita
A pequena e pacata cidade de Santa Rita do Sapucaí entrou na vida de Paulo Cunha a partir de 1935, quando ele, viajante da J. Moreira Cia. de Tecidos, vem oferecer os produtos da empresa na qual ele trabalha, aqui na cidade. Logo conheceu, namorou e casou-se com a senhora, hoje já falecida, Nice Adami. Com Nice teve três filhos: Marcus, Myrian e Paulo. Atualmente, uma de suas grandes satisfações é ver a felicidade de seus quatro netos: Juliana, Cristhian, Rodrigo e Elisa. Sua vida sempre foi de viajar, andar e conhecer esse imenso Brasil de fora a fora. Fazia e fechava negócios inclusive em alguns países da América do Sul. A partir de 1980, o sítio que os filhos compraram para ele, há alguns quilometros de Santa Rita, tornou-se seu maior passatempo até hoje.

Texto publicado no jornal Minas do Sul em 19 de agosto de 2000
Escrito em 18 de agosto de 2000
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