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Poesias-->POEMA DERRAMADO EM AMOR -- 13/10/2004 - 12:58 (débora cristina denadai) |
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No meio dos pingos
de uma meia chuva
no final da tarde
uma poesia passou por mim.
Senti que passava,
só não me pergunte como sabia.
Eu nem sei onde estava,
não sei onde estava com a cabeça:
só me lembro das tuas mãos
e da tua cabeça entre os morros
como um sol nascendo
em desenho de criança...
e foi naquela hora que
percebi que a poesia
passava feito sangue
nas minhas veias saltadas.
Não deu tempo de retê-la
até porque não tem como.
A poesia vem quando menos se espera
e se vai, nem se sabe como.
Escorreu pelo leito do rio
que se formou entre os morros
um pouco abaixo da tua boca.
Só voltei a vê-la no teu rosto
que sorria as letras do
poema derramado em amor... |
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