Tenho um fascínio por liberdade que é bem grandioso, sempre me pergunto de onde vem tanta vontade de liberdade, de sentir-me livre e tanta sina por independência, principalmente feminina.
Uma vez, sozinha em meu quarto, diante de um lápis e um papel, jurei nunca depender de homem algum. Os homens ao mesmo tempo que me fascinam com sua beleza, me provocam repugnância pelo jeito indiferente, machista, interesseiro, selvagem. Confesso que admiro-os por exercerem tanto poder que acredito ser psicológico sobre a mulher. Eles com seu jeito bruto, e cheio de desejo, deixam a mulher desiludida do verdadeiro amor, ou iludida sempre a procura do ser ideal, pensando ser, para sempre, cada romance que inicia em suas vidas. Ilusão! Começando pelo casamento, que é uma hipocrisia, pelo menos a maioria. Duas pessoas que pensam saber realmente como são, mas que na verdade apenas julgam saber . É quando convivem juntas que realmente se conhecem, e aí a bomba estoura nos corações dos casados, pois não estavam preparados para o tornado de revelações dos parceiros que descobrem...
Na verdade o casamento não significa que duas pessoas se amam. O casamento aos meus olhos significa uma hipócrita demonstração pública, onde duas pessoas julgam-se amar-se quando na verdade desconhecem o parceiro e a si mesmo. E não sei como aceitam que digam em nome de Deus “até que a morte os separe”, pois o casamento pode acabar com um simples desentendimento, uma simples confusão.
Há os casamentos felizes, esses são minoria. Muitos deles acabam-se com o tempo ou esgotam-se ou ao menos, “aturam-se”. Pobres homens somos nós, que nem certeza do que realmente queremos nós temos.
Muitos de vocês podem se perguntar, onde estão meus sentimentos; onde está minha sensibilidade diante do amor das pessoas?
Saibam que sou muito sensível ao amor, mas só o verdadeiro amor me comove. Aquele que pode abrir mão da própria felicidade para o crescimento e felicidade do outro, aquele que ama incondicionalmente sem egoísmo, sem orgulho, sem maldade, aquele desejoso do bem próximo, esses sim sabem que uma cerimônia realizada para o público, não os tornará mais felizes, não os fará amarem-se menos, ou mais... Este sim, é um amor que vale a pena ser sentido e apreciado.
Penso assim, e continuo a acreditar que o casamento seja uma hipocrisia, pois o fato de eu estar casada ou não, não me fará mais feliz do que ter encontrado e em fim, permitido meu verdadeiro amor.
Carolina Furtado
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