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cronicas-->Carta a Um Jovem Magistrado -- 20/08/2000 - 13:46 (Carlos Delphim Nogueira da Gama Neto.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Carta a Um Jovem Magistrado.


Não sei se uso de você ou de Excelência. Pois não sei se escrevo ao jovem ou ao Juiz.
Escrevo para vos contar, se é que não conheceis, a fábula popular " O Sapo e O Escorpião ".
Durante um incêndio na mata da ilha, o escorpião observou o sapo se preparando para atravessar a nado, o rio. Pediu então a este que o ajudasse a atravessar a corrente, levando-o em suas costas. Ao que o sapo retorquiu negativamente, com medo de ser morto. Então, usando de toda a lógica o escorpião explicou-lhe que, jamais poderia ocorrer tal fato, pois se o ferisse, pereceriam os dois. Foi o suficiente para que o sapo se convencesse a ajuda-lo.
Quando estavam no meio do rio o sapo sentiu a dolorida ferroada do escorpião. Quando estava começando a afundar, o sapo ainda teve forças para questionar : "Porque você fez isso? Agora morreremos os dois ! " Ao que o escorpião respondeu, já submergindo; " Não adianta, faz parte da minha natureza ".
Complementando com alguns comentários feitos por um escritor santista a respeito do episódio: "...Podemos ser muito mais do que imaginamos, temos na "concha" matriz, potências surpreendentes, atingimos pontos que não julgávamos atingir, mas... não podemos mudar a natureza. O escorpião continuará ferroando, o sapo será sempre o crédulo que acredita, mesmo que a vida lhe ensine a relutar um pouco mais diante dos perigos da passagem pelo rio".
E, uma análise, sobre o excesso de trabalho na atividade judicante feita por um velho Magistrado, ou melhor - corrigindo a tempo - " Um Magistrado da Terceira Idade": O excesso de processos judiciais é devido à falta de caráter do ser humano. Pois, em noventa por cento das pendências judiciais, uma das partes litigantes tem certeza plena, não ter direito ao que pleiteia ".
E, como conclusão, já que sois jovem e a vida e a carreira podem ser longas, umas simples observações, quiçá inúteis.
Quando forçais um acordo, três partes envolvidas são afetadas:
A primeira delas, a Justiça, pois o fazeis, geralmente, com o único intuito de reduzir o vosso labor futuro.
A segunda, é a parte que litiga, cónscia da ausência do direito e que, aufere vantagem sem merecer.
A terceira, a que perde a confiança na Justiça, por ter sido prejudicada no acordo, sem dever.
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