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Contos-->O Zelador -- 20/12/2003 - 08:32 (Mauricio Boghosian) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A noite fria castiga meu rosto. Esqueci a manta. Agora é agüentar.
Aguardando os desfechos da rua, fico a observar dois jovens fumando numa esquina, escondidos do Minuano, o vento gelado que sopra do Sul. Atacam ou serão atacados? Não leva muito tempo...
A ação é rápida, alcançam o outro jovem, que passou pelo meio da rua, carregando sua mochila e o medo impregnado no olhar cabisbaixo, de forma rápida. Derrubam-no, retiram-lhe a mochila e o dinheiro dos bolsos. Um pontapé na bunda e ele sai correndo e gritando, além do choro que percebo daqui com clareza.
Devem haver motivações maiores para minha tocaia, tudo tem andado calmo ultimamente. O movimento mais intenso na parte baixa da rua, evita uma marquise, por quê? Procuro melhorar o ângulo e vejo o canalha amarrando a mulher na porta da loja. É uma prostituta, com certeza. Mas ele não parece interessado em sexo, quer, isto sim, travar sua mandíbula na coxa dela e o faz. Ela grita. Inferno!, as pessoas passam e fingem que nada está acontecendo. Continuo observando, aproximo o foco: ela implora, não pela vida mas por liberdade. Leva um soco no seio, penso mais um pouco... Cada um tem o que merece, afinal. Puxo o gatilho e a cabeça dele despedaça-se no ar, manchando ainda mais a calçada com sangue. O corre-corre a seguir é o mesmo de sempre.
Essa noite o movimento foi fraco, as coisas andam calmas ultimamente.
Desmancho a arma, arranjando cuidadosamente cada parte no casaco. Meia hora depois estou deixando o prédio. IML, Polícia Militar e Polícia Civil já chegaram. Como sempre já desconfiam do que aconteceu, mas não comentam.
Estou meio saudosista hoje. ao invés de ir para casa, rumo para o rio. Ao chegar, fico remoendo os pensamentos. Repassando tudo que me trouxe até aqui e como seria fácil me entregar. Tudo tem se ajeitado muito bem. Acho que está na hora de parar...
Continua.
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