Seja por diversos motivos, como gravidez indeseja-da, situação financeira adversa ou constação de problemas físicos durante a formação do feto, o aborto nunca deixará de ser um crime.
Do Ponto de vista médico, é considerado aborto a gravidez interrompida nos seis primeiros meses; e nos três últimos, parto acelerado. O Código Penal Brasileiro taxa o aborto como prática
criminosa. Aos olhos de Deus, o Sexto Mandamento sentencia:"Não Matarás."
Em alguns países, o feticídio é aplicado como simples norma social e econômica. Na China, os bebês do sexo feminino são executados, e quando conseguem sobreviver, acabam morrendo, ainda na infância, por inanição, pois são classificados como improdutivos à mão-de-obra.
No Brasil, respeitáveis movimentos feministas defendem a tese da legalização do aborto como solução para os problemas humanos e sociais. Mas será que matar os bebês realmente resolve? Segundo o IBGE, o país reduziu o crescimento populacional, nas últimas décadas. No entanto, os problemas continuam aumentando. Basta ler os jornais ou pesquisar os dados oficiais.
Diante dessas circuntâncias, passam até a ser "injustificadas" as manifestações contra a Chacina da Candelária, ocorrida no RJ, no início da década de 90, por parte de uma sociedade em que milhões de bebês são executados em clínicas oficiais e clandestinas, anualmente. Uma das soluções para amenizar a violência e a miséria, é investir a educação, a saúde, a geração de novos empregos, enfim, o bem-estar social. Alguém pode perguntar: - Como conseguir recursos para fazer tudo isto? Como cidadão de bem, pois pago meus impostos, responderia: - é só fiscalizar o dinheiro público que está sendo mal empregado e desviado de suas finalidades.
Dessa forma, evitaremos que as gerações futuras não sejam as próximas vítimas da criminalidade, da prostituição, e do uso de drogas. Como lembra o jornalista e escritor Paiva Netto: "Se é difícil, comecemos já." Pegar agora na enxada e no arado, dando condições humanas para que as famílias cuidem de seus filhos, é prevenir enormes sofrimentos sociais no futuro.
Jorge Alexandre de Araujo
Estudante de Letras - Universidade Gama Filho
Rio de Janeiro
jorgelbv@hotmail.com
jorgeaaraujo@bol.com.br
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