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Contos-->O QUATRO -- 29/12/2003 - 14:58 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aquele gordão, lesa-despensa, dava um azar dos diabos. Eu percebera que o sujeito era falso quando numa tarde dissera-me: “Não poderia explicar a causa da minha fixação pelo número quatro até quando descobri ser minha sogra nascida em abril, o 4º mês do calendário”.
Havia notado que quando o balofo pimpão, anos antes, zangara-se comigo, por uma discussão boba, até minhas contas de luz e água tiveram uns aumentos sobejos. O leigo não saberia dizer se tinha algo a ver, ou não; mas que era azar, meu amigo, lá isso era!
Aquele maligno, encapado por grossas camadas de tecido adiposo, gerava tantos desacertos e contratempos que, depois das quizilas que tivemos, até fiscais desconhecidos, surgiam assim como que do nada e, em diligências por locais ermos, nos autuavam, a nós pobres mortais que não tínhamos nem sequer onde cair mortos.
Eram as famosas e furiosas demonstrações de puxa-saquismo e produtividade, dos funcionários devedores, nos tráficos de influência do gordurento, evidenciando-se para o gáudio da patuléia boquiaberta.
A baleia lesa-despensa era ligada à seita do pavão maluquete e eles todos professavam a crença nas idéias do temível doutor Val. Se o meu considerado leitor ainda não ouviu falar sobre essa figura, vou logo alertando que é um dos mais danosos líderes e conhecedores do RPG que se conhece na atualidade.
Dizem alguns observadores que quando o lesa-despensa sentava-se à mesa de restaurante pra jantar, os garçons eram obrigados a anexar quatro móveis iguais onde se depunham os quitutes e iguarias. O tamanho exagerado daquela bundaça foi caso até pra duas cadeiras semelhantes e conexas. E quando o hipopótamo se dirigia ao banheiro, era indicativo, aos proprietários da casa, de que um ou dois rolos de papel higiênico, com 40 metros cada um, seriam consumidos na limpadela.
Diziam que o elefante era candidato a síndico do seu edifício. E que quando o matusquela entrava em campanha, meu amigo, que saíssem os adversários da frente. O trubufu dos infernos, feito um rolo compressor, esmoreceria os obstáculos, sem dificuldades nenhuma.
Ora, eu é que não seria contra a pretensão do fofo; que se metesse onde quer lhe indicasse aquele seu estômago espaçoso. Mas, o meu voto, esse, meu amigo, ele não teria.
O gordão tinha lá suas opiniões e era bom que não o contrariassem. Mesmo que julgasse estar completamente escorreito quando afirmava: “engenharia de alimentos é muito mais do que a construção de bolos e tortas”; ou: “quem ama o feio, não enxerga direito”, achavam que ele mereceria o cargo postulado.
O seu pezão esquerdo, branco e inchado, fora palco de cenas inusitadas: nunca dantes ninguém soubera que muriçocas famintas, ao sugar o sangue das vítimas, faleceram por colapsos cardíacos. Mas era o que realmente ocorria: muriçocas prenhes, quando deglutiam aquele plasma gelatinoso, esticavam as canelas e asinhas ali mesmo, naquelas dobras de muxiba catinguenta, sem esperança e nem chance de sobrevida.
Os cientistas do CENA, Centro de Energia Nuclear Anarquia, propuseram-se a estudar os antígenos daquele sangue real, a fim de que a humanidade pudesse salvar-se dos ataques dos enxames de mosquitos danosos.
A querência do pelancudo era tamanha que ele não desanimaria diante das dificuldades. Ficaria até de quatro a fim de se elevar ao cargo pretendido. Os entendidos de plantão não saberiam deslindar, se as motivações do pançudo eram de origem sexual, famélica ou ambas. Mas, isso meu amigo, minha amiga e senhora dona de casa, ninguém saberia dizer, enquanto a história não se consumasse.



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