Vossa Divindade mora ao lado.
Brinca com vossos filhos,
Vos sorri sorrisos de lírios e rosas,
Vos censura em raios de tempestade
E vos acaricia em brisas de mar.
Vossa Divindade cavalga nuvens
brandas,
Aproxima-se no relâmpago
E vos abraça na chuva.
Vagueia por prados e campos,
Conversa com árvores e pássaros
E através de todos, sorri para a
humanidade.
Ouça, pois, vossa Divindade:
Não comprarás vosso céu, com o
quinhão
Que vos sobra,
Pois na verdade, nada vos sobra,
Pois nada vos pertence.
Terás efetivamente repartido vosso
pão,
Quando deres de ti mesmo
Em prol da justiça social.
A distinção e a discriminação não
habitam
A morada de vosso Pai.
Lembrai-vos de que:
A esmola e a justiça
Não são irmãs e não repousam à
sombra
De uma mesma palmeira.
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