Eita, Pedrinho porreta!
Veio logo xeretar
Do e-mail que lhe mandei
Na fofoca vou entrar!
Tomei vinho com cachaça
Faço ferver arruaça
E vou botá pra quebrar!
Falou do parceiro Zé
Dantas... Esquecido... O quê?!
Olha, meu caro Pedrinho,
Eu vou dizer pra você:
Zé Dantas, de João Pessoa,
Faz cordel de vento em proa,
Mata a cobra e ninguém vê!
E Hull, amiga do peito,
Modesta, diz que não sabe,
E que é somente aprendiz;
Falou da Tera Penhabe
Que é japonesa da gema
Pôs na Graça um diadema
Com seu toque mais suave!
Ivone e Lili Maial
Companheiras de salão
Incendiaram o cordel
Com estopim alemão
Se eu num chego pra apagar
Na fumaça a mergulhar
Virava tudo um tição!
De La Fuente insinuou
Tanta coisa a meu respeito
Ti-ti-ti e ta-tá-tá
Mas ela é que tem cultura
Digo sem nenhum despeito
Virgílio, aqui no cordel?
Fala sério, Manuel!
Olha o nível deste preito!
Goltara, eu vou m’embora
Morfeu já me acarinhou
Vou dormir co’a Monalisa
Que da Vinci desprezou...
Bethoven, Chopin e Kant
Tão me esperando adiante
Pro baile que começou!
Amigos deste varal,
Desculpem tanta salada;
É que o vinho co’a cachaça
Não digere a marmelada;
Me deu tontura e azia
Se não fosse a minha tia
Eu morria atropelada!
Depois de um sono pesado
Acordo novinha em folha
Domingo, eu não tenho hora,
Bebo a cana e tiro a rolha;
Pus carvão na churrasqueira,
Vou comer carne, ô laskera!
Beber... Até fazer bolha!
Ainda falta uma estrofe
Pra encerrar meu estribilho
Neste canto em comunhão
Meus versos andam em trilho
Numa despedida breve
Um "boa-noite" bem leve
E um abraço ao Silva Filho!