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Contos-->TERROR NO CINEMA -- 07/02/2000 - 10:46 (Jefferson Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como a maioria dos adolescentes, eu também gosto de filmes de terror. E ontem fui ao cinema assistir a um deles. Quando entrei na sala de exibição, o filme já havia começado. A sala estava escura e fria. Conjeturei que haviam esquecido o ar condicionado há um bom tempo. Esperei até que um clarão viesse da tela para que eu pudesse achar um assento. Quando clareou um pouco, percebi que a sala estava lotada, mas vi um lugar vago bem no meio da segunda fila de cadeiras. Sentei-me ali. A platéia estava em profundo silêncio.

O filme era um desses filmes de zumbis, onde pessoas mortas-vivas saem de seus túmulos e perambulam pela cidade a procura de cérebros para saciar a fome. Fiquei ali atolado na cadeira com os olhos fixos na tela, assistindo a um bando de mortos aterrorizarem uma pequena cidade. As cenas eram horripilantes. Os mortos, em bandos, atiravam-se nas pessoas mordendo suas cabeças para comerem seu cérebro, que era a fonte de sua alimentação. Entravam nas casas e matavam qualquer um que ali estivesse. E a pessoa que morria tornava-se um zumbi também. Assim, a população de mortos-vivos na cidade crescia cada vez mais.

Havia um clima de horror na sala, devido ao filme. Percebi que ninguém se movia de seu lugar. Também, não se ouvia uma palavra – o silêncio era geral. A sala ficou mais fria ainda na metade do filme; parecia que aumentaram a temperatura do ar condicionado. Me encolhi um pouco na cadeira e continuei concentrado na tela.

A situação ficou descontrolada naquela cidade dominada pelos zumbis, dando indícios de se alastrar pelas cidades vizinhas. Por fim, uma bomba de tremenda potência foi lançada na cidade pelos militares, atingindo, também, a região em volta; a população de zumbis foi exterminada. Assim foi o final do filme.

Quando o filme terminou, as luzes do cinema, que deveriam ser acesas não o foram. Notei que todos, mesmo na penumbra, se dirigiram para a porta de saída que, também, não se abriram como deveriam. As pessoas ficaram ali em pé ante a porta de saída. Então, levantei-me também para sair. Nisso, olhei para as pessoas e vi que andavam de maneira estranha. Estavam rígidas. Não diziam nada, e andavam em fila na direção da porta de saída.

Já meio confuso, encaminhei-me para a porta, onde todos estavam concentrados. Quando cheguei perto do grupo, o pavor e o medo tomaram conta de mim. Aquelas pessoas ali parada olharam fixamente para mim e eu vi que seus rostos estavam pálidos, bem como as íris haviam sumido de seus olhos. Instintivamente me afastei, porém, uma mão gelada, segurou meu braço fortemente. Olhei de lado e vi que um homem com uma aparência horripilante e um odor horrível foi quem me segurou. Tentei fugir, mas as mãos fortes do homem me deteve. Então, tive a certeza de que todas aquelas pessoas estavam mortas. O grupo de pessoas se aproximava de mim, e eu, desesperadamente, tentava me largar das mãos do homem. Eu gritava, esperneava, mas não conseguia livrar-me. Eu via aquelas pessoas aproximando de mim querendo comer meu cérebro, como no filme.

Quando todos aqueles mortos iam se atirar em cima de mim, acordei com a voz de minha mãe dizendo-me que já estava atrasado para o colégio.




Jefferson Carvalho
bsbab345@zaz.com.br
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