Dois dias após publicar crime e castigo aqui na usina, me deparei com uma Veja velha, que continha uma matéria sobre Tchecov, lá em livros.
Ela dizia que Tchecov não idealizava seus personagens, - ao contrário de Tolstói - talvez por ter sido médico antes de começar a escrever.
Dizia que ele era modesto e só depois de algum tempo começou a obter um sucesso relativo com aquilo que escrevia.
Aquele que hoje é considerado um dos grandes mestres do conto universal - senão o maior mestre - se utilizava de situações cotidianas e era avesso a finais estrondosos.
Em resposta a uma colega escritora que se dizia maravilhada com o "ser humano" afirmou que "isso não é modo de encarar a vida, e sim um bolo confeitado".
Também hoje o mundo se encontra cheio de confeiteiros que se pensam escritores.