O Sapo Danato
Paulo Sergio
O sapo Danato,
Um sapo safado,
Saltou no sapato
Do sapateiro Nonato.
Pulou do chão
No chapéu do artesão.
Caiu na cigana,
Assustou a baiana.
Derrubou o cinzeiro
No pé do chaveiro.
O sapo sacana
Saltou pela grama,
Sujou o batente
Daquele tenente.
Quebrou a janela
Da dona Stela,
Rasgou o jornal
Do “seu” Olival.
O sapo sapeca
Chegou na cozinha,
Derramou a moqueca
Da dona Ritinha
E espalhou a farinha
Por toda a cozinha.
O sapo Danato
Brincou feito rato:
Saltou, sujou,
Quebrou e espalhou...
Coachou no seu ato.
E pra fim de papo
O pobre Danato
Acabou seu estrelato
Na boca do gato.
Paulo Sergio Dias de Sousa - Belém, estado do Pará
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