Às vezes, eu mesma não entendo
Como pude sobreviver a tanta angústia?
Passam-se, todos iguais, os dias
E eu em eternas fantasias
A amargar minha desventura infinda...
Lembro-me tão bem daquelas horas
Em que, plácidos, nossos olhos repousavam
Numa linguagem de amor e de magia
Que num doce enlevo envolvia
Nosso acalanto de suave melodia
Mas no anoitecer deste suplício
Voam os sonhos, correm as lembranças
Do grande amor que foge a cada dia
E da paixão que agrava esta agonia...
"A saudade é um túnel que nos permite viajar, em qualquer direção ou tempo..."
(Milene Arder)
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