Naquele tempo o povo era regido por normas ditadas por Deus aos profetas. Moisés teve grande importância, pois foi por meio dele que os judeus conseguiram deixar o Egito e caminhando por ambiente completamente inóspito, depois de 40 anos da partida, chegar onde desenvolveriam outra vida diversa.
Dentre aquelas normas todas (mais de 600) havia uma que proibia a atividade no sábado. Não podia cortar lenha, buscar água, carregar peso ou varrer o chão.
Quando Jesus surgiu apresentou à sociedade alguns problemas. Por exemplo: se alguém ficasse doente não poderia ser curado no sábado? E se alguém caísse num poço fundo e fosse aquele dia um sábado, a vítima não poderia ser resgatada? Esses questionamentos contraditavam os sacerdotes; eles perceberam que o povo, a quem Jesus falava, era receptivo e concordava com seus ensinamentos.
Outra regra vigente, antes do magistério de Jesus, era a de que toda mulher pega em adultério deveria ser imediatamente morta a pedradas, no meio da rua. Esse preceito começou a ser mudado quando, diante de uma adúltera, os executores da pena se afastaram, ao perceberem que também tinham pecados. Eles viam o cisco no olho da pecadora, mas não notavam a trave no olho próprio.
Quando se cometia uma infração à lei, chamada de pecado, podia-se remir a culpa ofertando sacrifícios. Mas estes só eram feitos pelos sacerdotes detentores dessa capacidade, e nos momentos aprazados durante o ano.
Quando Jesus disse ser filho de Deus, desejar a misericórdia aos pecadores, não o sacrifício, os monopolistas do perdão iraram-se e, diante do recrudescimento crescente dos seus seguidores, resolveram mata-lo.
É certo que os judeus esperavam também um libertador do povo e do estado das garras imperialistas romanas. Jesus sabia que os templos religiosos serviam aos dominadores. A religião era usada como instrumento repressivo, contra os habitantes locais, a favor dos estrangeiros. Essa ordem estava equivocada.
Tentaram lançar o império romano contra Jesus num ardil muito conhecido: perguntaram a ele se aquela moeda que lhe apresentavam, tinha algum valor e se a figura impressa seria insignificante. Foi quando então todos aprendemos que devemos dar a Deus o que é dele ao aos governantes segundo suas obras.
Aquelas normas foram revogadas. Jesus ensinou que só duas bastam para ganharmos o céu: amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos.