Sempre fui correspondente,
sempre levei à sério
as coisas de minha mulher,
mesmo quando ela metia a
resma no meu império.
Mas não dava mais.
Senti que era incomum e
demais!
Minha mulher só gozava mesmo
- e não me atrevo a contar a ninguém -
se esfregasse o dedo mindinho do pé!
Tava casado há pouco tempo
e fui descobrir tarde demais.
E não era que eu passava
a metade da noite
esfregando seu mindinho?
Desisti. Eu não era massagista
nem pretendia bater nenhum recorde
esportivo.
Larguei. Agora - sei por amigos -
ela não sai das sapatarias.
Quando não compra,passa horas
experimentando sapatos e chinelos.
Sempre rindo e contente,
ela estremecia toda.
Perguntada, ela disse que
sentia cócegas.
Pois vai gozar assim na
puta que pariu. Seu sexo
transmudou-se para baixo!
A mulher ainda era
insistente.
Só queria o mindinho!
Esfrega prá cá,
esfrega prá lá!
E eu sou lá manicure!
Nesta vida é tudo demoníaco!
A gente não sabe o que atravessa a noite.;
mas sei que agora tem gente suando
igual arnica,
esfregando o mindinho de uma ninfomaníaca!