PEPEU
Vem chegando Pepeuzinho,
meu Pedrinho,
sem alarde, sem sarilho,
vem chegando num bom tempo,
no momento,
pr’o aconchego do meu filho.
Tem ternura e simpatia,
que magia!
Te quero nos braços meus.
Tão depressa, sem demora
quero agora
ouvir os murmúrios teus.
O teu corpo pequenino,
de menino,
pego com cisma e com jeito
é que tão frágil, receio,
de permeio,
acomodá-lo em meu peito.
Meu nenzinho é possessivo,
sensitivo,
beija-flor nesse jardim.
A cravos, dálias, afaga
e os embriaga
nos choros sem bandolim.
Pequenino, faz enredo,
é um brinquedo
nas vagas da fantasia.
Mas, com certeza, parece,
que faz prece
quando alguém lhe acaricia.
Meu pequeno quando dorme,
sono enorme,
tarde desperta turrão
e os seus olhinhos molhados,
delicados,
cativam meu coração.
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