Segunda parte do conto: A Noite.
Uma hora de sábado, segunda paragem no clube onde Gonçalo e os amigos costumavam ir todas as madrugadas depois de passarem pelo bar do Carlos. Na tabuleta por cima da porta de entrada do clube lia-se ‘Clube Cultural’ em letras grandes e por baixas em letras bem mais pequenas lia-se ‘Um Sitio de que a Cultura Precisa’. O Clube era duas salas enormes com duas casas de banho; na primeira sala de frente para a porta de entrada estava o balcão, à esquerda da porta e ao fundo havia um palco, o resto do espaço fora destinado a mesas e cadeiras, a segunda sala era a de dança e de engate! Depois de entrarem, os dois jovens, Gonçalo e os amigos deste, sentaram-se à volta de uma das mesas que estavam vagas e mandaram vir mais umas rodadas. No palco estava a cantar e a tocar um grupo de rock intitulado: Rock Forever, todos os seus elementos ostentavam mais de quarenta anos, tinham um aspecto no mínimo asqueroso, principalmente a cantora, mais uma vez uma mulher extremamente ataviada e maquilha o que a fazia parecer saída de um dos filmes sobre mortos vivos do Carpenter... Devo acrescentar que o Clube não era tão velho nem tão sujo quanto o bar do Carlos, até tinha ar condicionado e tudo, também a clientela era muito diferente para melhor, mulheres vistosas e ou bonitas era coisa que não faltava.
Uma hora e vinte minutos de sábado, hora de engate!, todo o grupo estava na pista de dança, os amigos de Gonçalo foram os primeiros a dar o exemplo, já tinham caçado o seu exemplar feminino - visto ser isso que estava em causa caçar ou ser caçado, e realmente alguns deles em vez de caçarem tinham sido caçados, mas isso é outra historia. Visto a maioria das raparigas na pista de dança já estarem ocupadas, André, Paulo e o irmão deste dirigiram-se para o balcão que ficava na primeira sala do clube, à direita deles estava um grupo, talvez não só alcoolicamente alegre, de três raparigas bonitas.
Duas horas e quarenta de sábado, André, Paulo e mais duas das raparigas do referido grupo são entregues por Gonçalo na casa de um dos amigos do último.
Três horas e dez minutos de sábado, Paulo e André estão na casa de banho bebem mais algum coisa com álcool e experimentam a branquinha que Gonçalo lhes deu para aumentar o prazer sexual.
Três horas e vinte e cinco minutos do mesmo dia, André e Paulo estão em quartos separados na companhia das respectivas companheiras.
Musica ouve-se em ambos os quartos, os casais dançam, esfregam-se, apalpam-se, beijam-se, enfim, aquecem-se!, os rapazes estão a fazer tudo como o seu guia lhes tinha ensinado.
Três horas e trinta e cinco minutos, já vão na terceira musica, no quinto toque de lábios e no terceiro cruzamento de línguas, voa a primeira peça de roupa das raparigas, dois minutos depois a primeira dos rapazes, o ambiente fica mais quente, a pressão sexual quase que faz rebentar os rapazes, as raparigas nesse aspecto estão um pouco mais calmas.
Minutos depois, não muitos, a segunda peça de roupa das raparigas voa... E tudo corre às mil maravilhas, os rapazes já conheceram o álcool, o Rock and Roll, as drogas e o sexo está na iminência, nos pensamentos dos jovens já nada os pode afastar do seu El Dorado, aquela noite vai realmente ser a Noite, a Grande Noite deles; mas será que tudo se irá passar como eles imaginam?
Não percam as cenas do próximo capítulo...
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