Ao tomar conhecimento de que o meu grande amigo
está com a saúde abalada, resolvi republicar este cordel.
Aqui na Indústria do verso
De tudo se tem um pouco
Há quem se passe por louco
Com seu tema controverso.
São as leis do Universo
Segregando cada cheiro
Um falso – Um verdadeiro.
Mas pro Cordel ir avante
Sempre é gratificante
Cantar com o Jorge Ribeiro.
Tudo aqui é amostragem
Dessa saga de humanos
Não passamos de beltranos
Em complexa mestiçagem.
Cada um numa linhagem
Nesse mundo passageiro
Se tem Mestre, tem obreiro,
Mas no Cordel cambiante
Sempre é gratificante
Cantar com o Jorge Ribeiro.
Mesmo com alguns pesares
Todo o esforço vale a pena
Sendo a vida mais amena
Com muitos versos nos ares.
Sábios bardos em seus lares
Fazendo longos cruzeiros
Num teclado prazenteiro
Nasce o Cordel fascinante
Sendo mais gratificante
Cantar com o Jorge Ribeiro.
Quem faz Cordel, faz a arte
Tal qual nos mostra a vida
Como escada pra subida
Cada degrau – uma parte.
Também se faz o aparte
Dentro dum Foro caseiro
Buscando, por derradeiro
Um versejar mais brilhante
Sendo mais gratificante
Cantar com o Jorge Ribeiro.
Nem sempre há um bom tema
Nem sempre reina a paz
Cada um quer ser primaz
Na montagem do fonema.
Uns rimam por um dilema
Outros até por dinheiro,
Mas não falta garimpeiro
Com seu Cordel-diamante
Que se faz mais cintilante
Nas mãos do Jorge Ribeiro.
/aasf/
Ratificando o cordel de
Jorge Ribeiro Sales
“NO USINA TEM DE TUDO”
2003