Ouçamos os gritos
Por Airam Ribeiro 01/l2/04
O uçamos os gritos!
P ára! Já está demais!
O uve o apelo do poeta,
E stão matando os animais!
T anto veneno no ar, na terra e no mar,
A ssim não dá mais.
A qui relato em poesia
I nventando algo mais
R abiscando no papel,
A inda que seja demais
M ostro o doce e o fel.
S ou amante da natureza
A qui escrevo o pavor,
N o fogo que atravessa
T razendo muito terror.
A inda escreverei uma porfia
N a mira da ecologia
A braçando o amor.
R ios que serpenteiam
I ndo a procura do mar,
B atendo em retirada
E svai sem poder chegar.
I ndo lá vai o rio,
R etraindo-se em fios
O nde um dia secará.
D ou notícia com pureza,
E nquanto não fere a beleza.
I ndo levando sujeiras
T emos o Água Preta,
A li serpenteando
N as entranhas das valetas.
H á muita poluição
É mais um da região
M orto, saindo as gretas.
B asta! Ouça os lamentos!
A manhã, tarde será,
H avia água limpa na fonte
I gual a que descia do monte,
A gora, ela já não há.
(Água Preta é um rio que está todo poluído e fica no município de Itanhém Ba.)
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