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Cartas-->USINA, ACORDA! -- 05/04/2003 - 20:30 (ROSAPIA (veja página 2)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
USINA, ACORDA!

Publicada a 13/02/2002


Que há problemas na Usina, todos sabemos. Nunca os abordei, nunca protestei. Acho sagrado o direito de falarmos o que bem entendermos, desde que respeitemos nossos companheiros. Entretanto, parece que alguns estão falando e fazendo o que querem e devem ter se esquecido dos direitos alheios ao respeito.

PEQUENO HISTÓRICO

Li uma Carta de Milene Arder: “Ao Magno Mello, a minha indignação”, publicada a 27/05/2002. Comentava uma carta de Magno Mello: “Despedida (aos meus cinco ou seis leitores)”, publicada a 26/05/2002. Magno se despedia, mostrando sua indignação contra problemas acontecidos no Usina e nunca resolvidos, cansado de ser correto e não ter seu exemplo seguido. Convido aos leitores que leiam ambas as Cartas publicadas, caso ainda não o tenham feito. Reproduzi-las aqui tomaria muito espaço, mas as comentarei abaixo. Assim que li a Carta de Milene, li a do Magno e lhe escrevi, convidando-o a algumas reflexões e pedindo que reconsiderasse sua decisão (meu email é de 30/05/2002). Obtive resposta de Magno me informando delicadamente que seguia em seu propósito de não publicar mais nada no Site (seu email é de 12/06/2002).

MINHAS CONSIDERAÇÕES

Acredito no propósito da coordenação do Usina em manter a absoluta democracia, portanto, a plena liberdade de seus usuários. Mas temos que admitir que nem todos temos uma formação condizente com o uso da democracia, visto termos passado muito tempo reprimidos pela cruel e injusta ditadura. Mas isso não justifica agressões e desrespeitos, desde que todos nos declaramos escritores. Temos que ter um conhecimento mais que razoável do que tal declaração implica. Temos que, no mínimo, dar o exemplo.

Muitos de nós já pensamos em deixar o Usina. Alguns se queixaram. Outros se calaram e seus leitores devem ter sentido sua falta. Outros aparecem raramente com seus textos sempre bem-vindos.

E agora Magno Mello toma a atitude radical que me assusta e deve ter assustado a muitos outros entre os escritores responsáveis. Ele se despede, decepcionado e cansado de sentir a inversão de valores entre quantidade e qualidade de textos publicados. Critica o patrocínio que seria bom em sua essência, mas transformado em móvel de competição e no estímulo a vãs e desmedidas vaidades.

Milene lamenta, mas concorda com a atitude do colega, confessando que também já “escasseou suas entradas” no Site. Aliás, essa ausência de Milene foi fartamente “chorada” por muitos dentre seus inúmeros leitores, inclusive eu. Ela destaca o valor literário dos textos de Magno e cita alguns deles com a autoridade de quem sabe o que fala. E por fim nos pede que comparemos o trabalho de Magno “com os arremedos de poesia de alguns poetas cretinos que pairam no pico do placar”. Até ameaça seguir os passos do poeta que sai, mas ainda nos chama à razão ao final: “Valerá a pena, deixar proliferar os vermes da ignorância? (...) Afinal, os bons textos podem ser um ANTÍDOTO para tanta bestialidade!” Fortes as palavras de Milene? Sim, fortes para nossa sorte, pois o choque nos dá a oportunidade de tomarmos consciência de nossos atos enquanto é tempo.

Eu, chocada e comovida com ambas as cartas, escrevo um longo email ao colega Magno. Peço que reflita sobre sua vocação de escritor e sua conseqüente realização pessoal. Insisto, dou exemplos, até conto histórias, faladeira que sou... rs... Até confesso que também já pensei muitas vezes em sair, e não o faço por não me sentir nesse direito diante de meus leitores. Apesar disso, garanto-lhe o respeito por sua decisão e o trato com o carinho que merece ao tomar a difícil decisão.

Magno responde. Me entrega também seu carinho e a delicadeza de sua alma sensível. Mas irredutível. Prefere, como diz em sua carta de despedida, guardar sua produção literária na gaveta.

Acordem, Usineiros! Despertemos todos nós para essa lamentável realidade. Façamos um exame de consciência rigoroso e com a maior generosidade. Meçamos nossos gestos e atitudes a cada vez que publicamos um texto: façamos cada um a própria crítica, se ele está bem escrito, se nossa língua está sendo usada de forma ao menos razoável e sem grandes agressões, se tal texto é digno de ir a um público que nem conhecemos, que vem a nós porque tem fome e sede de cultura, porque precisa de um lazer sadio. Publiquemos aos poucos nossa produção, para que não tomemos o lugar de colegas que estão querendo como nós ser lidos. Tenhamos justo orgulho do que escrevemos, mas não vaidades descabidas que nos diminuam diante de nós mesmos. E depois disso, gozemos a satisfação do dever cumprido, privilegiado aspecto de uma liberdade bem entendida e usada com sabedoria.

LEIAM:
SAI DE NOSSO CONVÍVIO JÚLIO CÉSAR - Grande homem e artista

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