Na primeira noite eles se acercam
E roubam um beijo
Dos nossos lábios.
E não verbalizamos nada.
Na segunda noite, já não se ocultam
Acalcanham as flores do nosso jardim
Aniquilam nosso orgulho
E não dizemos nada.
Até que um dia,
O mais tristes dos dias
Entram em nossa
Casa quando estamos sozinhas,
Roubam a nossa luz,
Conhecendo nosso medo,
Arrancam-nos a voz da
Garganta.
E já então não podemos dizer nada.
Agostinha
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