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Contos-->Os olhos da coruja -- 14/02/2004 - 13:20 (Eduardo Schmitt Amaro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No templo
“...lugar perfeito para presas desatentas num sonambulismo desperto vagantes perdidos na noite, uma arquitetura sob um manto umbroso coberta de detalhes com o objetivo de ocultar seus enigmas distraindo a visão encantada, luz de onde tu vieste desconheço mas criativa és a tua criação nestes edifícios divinos como dizem os seus adoradores, como danças brincando com a sombra resultante em um silêncio para os calados não usas a habilidade de dia desconhecido aos meus olhos embora a noite dança como as árvores numa ventania, destas estátuas recordo-me seres andantes no brilhar da lua já outras ofuscam-se em minha memória ou talvez nunca entraram jamais vi figuras humanas portando asas semelhantes as minhas poderiam voar para a lua do dia a qual nem atrevo-me a olhar querendo cegar tolos, neste local vou penetrar nas sombras do esquecimento onde nenhum observador possa notar minha presença apenas se romper o silêncio...”

Na lua
“...agradeço-te por brilhar menos que a lua do amanhecer guiando meus vôos quase imperceptivelmente, apesar de minha visão longínqua não posso distinguir com nitidez seus traços tão distantes és teu aspecto como se não fosse daqui num flutuar paralisado quase hipnótico, apesar de ser irreconhecível seu movimento se desloca no negrume celeste apagando qualquer rastro de seu andar como nenhum outro ser, invejo-te célico orbe mais que todos os vivos neste mundo por voar com tanta sutileza tanta cautela mesmo sem asas, qual o teu segredo oh luz da noite diga-me então completarei minhas armadilhas com mais êxito sobrevivendo prazerosamente, por sua habilidade admiro-te nos esconderijos das nuvens tu desapareces e logo surge sem um ruído, uma noite serei igual a ti vagando pelo céu sem asas sem olhos sem vida tudo oculto para apanhar de surpresa os incongruentes desatentos quando chegar a hora...”


Nos homens
“...como os temo mais do que os morcegos uma das criaturas mais bizarras da escuridão suas aparências não demonstram muita ferocidade mas destroem e destroem com o próprio pensamento pois não usam partes de seus corpos, são atentos e distraídos inofensivos e brutais criaturas estranhas carregando a luz para dentro deste edifício o qual os próprios construíram, suas vozes deixam-me desatento malditos nenhum ser rouba minha pura fixação de minha mente leões do medo apesar de eu poder ocultá-lo mas está presente enchendo meus pensamentos com neblinas venenosas, temo-os mas temem-me e isto ajuda em um jogo de olhares melhor maneira de marcar presença é quebrar o silêncio num entoar agudo, encaras-me maldita criatura venenosa para que eu possa vos comer com os olhos despedaçando cada nervo de sua coragem...”

No inseto
“...como és tolo ser insignificante tentando usar a habilidade das sombras sem êxito voando desnorteado a beira da luz querendo provar a morte no fogo, aparente as criaturas petrificadas devo permanecer sem um piscar um suspiro apenas admirando minha sobrevivência passar na frente de meus olhos esperando a estupidez do próxima quando der as costas tenho a chance de abocanhá-lo sem muitos movimentos ou força apenas a esperteza...”


Eduardo Schmitt Amaro
26/10/03

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