Fala-se muito em milagres. Embora muitos dos feitos miraculosos anunciados sejam obras de charlatões, alguns milagres acontecem de verdade. Mas o mecanismo desses fatos, atribuído a divindades, pode ser explicado. A fé realmente tem bastante poder.
Há alguns anos, os cientistas americanos estavam testando uma nova droga para a cura do câncer: krebiozen. Um canceroso já sem esperança, marcado para morrer em pouco tempo, pediu para ser submetido ao teste e foi se recuperando rapidamente e em poucos dias teve alta. Publicado um artigo que lançava dúvida sobre a eficácia do medicamento, o referido paciente, tomando conhecimento do assunto, teve nova evolução do tumor, sendo de novo internado. O médico que lhe havia administrado o remédio, percebendo o efeito placebo, disse-lhe: agora nós desenvolvemos o krebiozen refinado, muito mais potente, que vai solucionar mesmo o problema. O paciente novamente se recuperou e teve alta. Todavia, terminados os estudos, chegaram à conclusão de que o krebiozen não tinha nenhuma ação anticancerígena. O paciente, que já parecia totalmente recuperado, assim que ficou sabendo da conclusão final, recaiu, foi internado e faleceu em poucos dias.
Se o paciente acima referido estivesse recebendo orações de algum milagreiro, talvez tivesse obtido a cura definitivamente. Mas, como confiou em uma substância que não passou nos testes, perdeu a fé que o estava curando. Muitos milagres realmente acontecem, resultante do poder de reação do organismo diante de algo em que confiar. Só que, na maioria dos casos, o crédito é atribuído às divindades, e as pessoas não percebem o poder que têm dentro de si próprias.