A farsa montada pelos governos dos EUA e da Inglaterra para justificar a invasão ao território iraquiano começa a vir à tona e a criar problemas para esses governos. Primeiro, o secretário de defesa dos EUA, Donald Rumsfield, teve que admitir que o Iraque destruiu as supostas armas químicas e biológicas antes do início da guerra; agora, foi a vez do primeiro ministro Tony Blair ser acusado de mentir para os ingleses ao dizer que o Iraque poderia usar armas de destruição em massa.
E as coisas não estão nada favoráveis aos dois governantes. Até agora, apesar de americanos e ingleses controlar o território iraquiano a mais de um mês, não existe o menor indício de que essas armas possam existir.
No primeiro caso, discute-se até que ponto o serviço de informação americano falhou mais uma vez. A CIA já não era a mesma desde os atentados de onze de setembro e mais uma vez não foram capaz nem de atestar a autenticidade dos documentos apresentados para justificar a invasão. Que a CIA já não era a mesma, todos sabíamos, mas não o quanto era tão ineficiente.
No segundo caso, fica evidente que o governo inglês ocultou informações e divulgou relatórios falsos para conseguir o apoio necessário para a guerra. Antes mesmo do início do conflito o serviço secreto inglês já havia passado pelo vexame de plagiar um trabalho universitário e divulgá-lo como se fossem informações secretas.
A se continuar assim, os governos dos EUA e da Inglaterra vão conseguir o que parecia impossível, serem mais manipuladores do que Saddam Husseim.