O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO
0000FF”> Dias atrás eu e um colega, professor de história, estávamos debatendo a hegemonia dos EUA sobre o resto do mundo em algumas áreas. E houve o seguinte impasse: Os EUA como império estão em declínio? A resposta foi “Sim”. E para justificar tal resposta foram usados os seguintes argumentos:
* Tal qual no passado, outros impérios ao entrar em declínio eram totalmente deficitários na sua balança comercial. Hoje os EUA têm um déficit de bilhões de dólares no comércio com o resto do mundo. Nenhum país pode crescer com um déficit desses, nem mesmo os EUA;
* Antes de entrar em colapso, todos os impérios eram odiados pelo resto do mundo. Hoje, nenhum país é tão odiado quanto são os EUA. Isso faz com que o império tenha que gastar enormes quantias para se proteger dos inimigos; quantias que poderiam ser usadas em infra-estrutura, no bem estar, em educação, etc;
* Antes do declínio, algum outro país surgia como nova potência e que logo depois se tornava o novo império. Hoje, esse papel cabe à China.
* O número de nações que o desafiava ia crescendo à medida que o império ia perdendo força. Nunca os EUA se viram tão isolados e desafiados por tantas nações como nos últimos anos;
* Um império em declínio muitas vezes vencia uma guerra, mas não conseguia manter o controle sobre o povo conquistado. Isso vem acontecendo com os EUA no Afeganistão e no Iraque. Venceu a guerra, mas não consegue controlar a população.
* Em declínio, um império também perde a hegemonia cultural e científica. Os EUA ainda não perderam sua hegemonia na cultura, mas se faz notar que já teve uma importância bem maior que têm hoje. Na área científica, hoje o número de patentes registradas está em declínio enquanto a de outros países como Coréia, China e Índia estão em ascensão.
* Até no esporte, os EUA estão perdendo sua hegemonia. Isso deve ser confirmado nas olimpíadas de Atenas.
Claro que existem outros fatores, mas esses já são suficientes para chegarmos à conclusão de que ao EUA já não são mais os mesmos. Talvez, esteja na hora de prestarmos mais atenção a China, a mais nova superpotência mundial.
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