Usina de Letras

0000FF”> O que dizer sobre a reeleição de George Bush? De certa forma não muito; pois, primeiro, ele foi eleito o presidente dos EUA e não do Brasil, e segundo, cada povo tem o governo que lhe convém. Todavia, nós, a grande maioria do mundo, e boa parte dos americanos devemos estar se perguntado: como este homem que desprezou a ONU, mentiu para seu próprio povo e para o mundo e fez de seu país a nação mais odiado do planeta pode ser reeleito presidente da maior potência do planeta?

A resposta não está na estupidez do eleitorado americano, ao achar que reelegendo Bush estariam mais seguros. Não, não! Para alguns, esta pode até ter sido a justificativa, contudo a questão está nos princípios morais do conservador povo americano. Independentemente de Kery ter vencido todos os debates, de se mostrar mais inteligente que Bush, de mostrar mais flexível e mais conciliador nas questões internacionais, Bush mostrou melhor aquilo que os americanos mais prezam: um profundo sentimento religioso, oposição ao aborto e à união homossexual.

Portanto, quando o eleitor americano foi às urnas, não foi para eleger aquele capaz gerar mais empregos, aquele com a melhor proposta a fazer o país crescer, aquele capaz de resolver melhor o atoleiro em que se meteram no Iraque, nem mesmo aquele capaz de conviver de forma mais harmoniosa com o resto do mundo; o eleitor estava mais preocupado em escolher alguém que continuasse preservando os preceitos morais e cristãos, o tradicionalismo e o conservadorismo e nada mais.

E a incontestável vitória de Bush vai lhe dar pretexto endurecer ainda mais com aqueles que se opõem à política expansionista dos EUA, com a justificativa de combate ao terrorismo. Nada mais impede que Bush transforme os EUA num estado fascista.