A medida que as eleições vão se aproximando e o tempo para os candidatos vai se esgotando, aqueles que estão atrás nas pesquisas não tem outra alternativa a não ser partir para o ataque. Isso ocorre em todas as eleições e em qualquer democracia, até porque isso faz parte do processo democrático, embora em países mais civilizados há um limite a esse tipo de "baixaria". Os ataques ao adversário demonstram antes de tudo desespero. É a última cartada antes de jogar a toalha. E é justamente o que José Serra está fazendo, até porque não lhe resta outra saída. A eleição já está perdida de qualquer jeito e talvez assim pode pelo menos empurrá-la para o segundo turno. Mas usar a quebra de sigilo fiscal de sua filha e de integrantes do PSDB para atacar a candidata adversária é levar o desespero ao extremo, a ponto de provocar no eleitor indignação não pelo fato ocorrido e sim pelos ataques, os quais inevitavelmente trarão mais prejuízo que benefício à candidatura tucana. Isso pode inclusive provocar a transferência de votos para Marina Silva, levando-a a subir nas pesquisas.