Já que estamos ruim das pernas, vamos caminhar de braços dados. Esta me parece a melhor definição para o acordo entre a Nokia e a Microsoft. Alias, tanto uma quanto a outra veem nesse acordo uma última chance de não ficarem de vez para trás no mercado de smartphone e tabletes. A Nokia porque vem aos poucos perdendo mercado para os concorrentes, principalmente para a Samsung e a Motorola; e a Microsoft porque vê, com o surgimento de novos dispositivos e os quais não utilizam Windows, o seu sistema opcional perder mês a mês market share, sem que haja um meio de reverter essa situação. Antes da Nokia, apenas um um outro fabricante de tabletes planeja lançar um modelo com Windows. Por outro lado, a Nokia viu o seu principal sistema para celulares (symbian) ficar obsoleto. A aposta no Meego, apesar das promessas de que o mesmo fará uma revolução, era para o futuro, já que o Meego não estará pronto antes do final do ano. Só o tempo dirá, mas é bem possível que dentre as alternativas a Nokia tenha escolhido a pior. Ela pode ter dado um tiro no pé. Se ela queria realmente recuperar terreno, a melhor escolha sem dúvida seria o Android do Google, por se tratar do único sistema capaz de competir com o IOS da Apple.