Depois de uma guerra terrível, absurda, e injustificável (os motivos que a levaram eram totalmente falsos) finalmente chegou ao fim a Guerra do Iraque. Muitos até podem defendê-la ao afirmar que a queda de Sadan Hussein foi boa para o povo iraquiano uma vez que os libertou de um ditador. Muito bem, mas a que custo? Era necessário sacrificar milhares de vidas apenas para tirar um ditador do poder? Claro que não. Aliás, a desculpa para invadir o Iraque, a de que Sadan Hussein possuía armas de destruição em massa, se mostrou totalmente falsa uma vez que as tais armas jamais foram encontradas. Se Sadan era um ditador, pelo menos estava falando a verdade quando bem antes da invasão disse que as havia destruído. Por que os servições secretos dos EUA e da Inglaterra não foram competentes o bastante para atestar isso? Porque não desejavam. Precisavam de uma desculpa para invadir o Iraque e a confirmação de que tais armas não existiam poriam por terra qualquer desculpa. Enfim, a guerra do Iraque chegou ao fim, mas a um custo desnecessário não só para o povo iraquiano como também para o povo norte-americano e todos nós, uma vez que a crise financeira pela qual os EUA passaram em 2008 e a qual levou a atual crise na Europa é consequência do alto custo dessa guerra. Deixando porém a questão financeira de lado, fica a imensa perda de vidas humanas. Talvez se os EUA não houvessem invadido o Iraque a primavera árabe nem houvesse ocorrido. Mas não creio nisso. Os ventos da democracia e da liberdade chegariam ao Oriente Médio de qualquer forma, mais cedo ou mais tarde. E se Sadan ainda estivesse no poder (caso os EUA não o houvesse derrubado) provavelmente não resistiria à onda de revoltas que assolam o mundo árabe. E certamente milhares de vidas teriam sido poupadas. Mas a história não pode ser mudada e o que está feito, feito está. No entanto, que isto sirva de exemplo para as gerações futuras. Qualquer guerra é injustificável, mas sendo necessária que seja para salvar vidas e não para ceifá-las.