O Brasil vive um momento ímpar, onde o crescimento econômico ascende à classe média milhares de pessoas, as quais por décadas viveram na miséria e sem muitas expectativas. Desde que o país tornou-se uma nação com a independência de Portugal, não se via avanços tão significativos. Embora ainda há muito o que fazer, pois o país ainda enfrenta problemas crônicos, os avanços vêm reduzindo consideravelmente não só a pobreza, como também provocando melhoras consideráveis nos índices sócios econômicos. Por outro lado, alguns problemas persistem e insistem em provocar danos não só na população como na própria imagem do Brasil, o que acaba nos afetando a todos. Trata-se da corrupção. Esta quiçá seja hoje em dia o problema de mais difícil solução. Talvez porque no fundo todos nós, sem exceção, se não somos corruptores, pelo menos somos corruptíveis. Embora faça parte da natureza humana querer levar vantagem, o tal “jeitinho brasileiro” amplia consideravelmente esse “querer levar vantagem” e o leva a níveis inaceitáveis. O fim da corrupção no Brasil está intimamente ligado ao fim do “jeitinho brasileiro”, o qual resite ao tempo e às mudanças culturais. A questão é como acabar tanto com um como com o outro.