Documentos revelam aquilo que todo mundo sabia, mas os militares oriundos da Ditadura Militar – e olha que são muitos, agora disfarçados de democratas e defensores da moral e dos bons costumes – negavam veementemente: a tortura até a morte do jornalista Rubens Paiva. Pois não há mais dúvida: o jornalista foi torturado e assassinado no prédio do DOI-codi do Rio de Janeiro em 1971, bem no auge da repressão. A cúpula assassina e torturadora do Regime Militar sempre negou o crime, dizendo que ele havia fugido. Aliás, tal notícia foi estampada nas primeiras páginas dos jornais da época, os quais eram obrigados a publicar as mentiras plantadas pelos militares a fim de não sofrerem perseguição do regime. Ora, é sabido que ninguém nunca conseguiu fugir dali, daquele inferno bem no coração do Rio de Janeiro. Portanto tal notícia só poderia ser falsa, uma vez que se fosse verdade, o Regime Militar não ia admitir tal fraqueza, o que poderia encorajar a fuga de outros prisioneiros. Era evidente que tudo não passava de uma armação para esconder algo muito mais grave. Espero que os responsáveis por este e tantas outras atrocidades inimagináveis cometidas pelo regime, o qual dizia falsamente que estava protegendo a família brasileira enquanto torturava e assassinava os adversários, sejam identificados e julgados apesar da Anistia feita no governo militar de João Batista Figueredo, a qual não se aplica a essa caso.