A criação de mais um partido político por Marina Silva só vai aumentar a fragmentação partidária, a ingovernabilidade, a corrupção e a promiscuidade entre a nova agremiação e o poder. Tal gesto não vai contribuir em nada para melhorar a governança e os problemas políticos pelos quais o país vem passando nos últimos 30 anos. Até porque, honestos são as pessoas e não os partidos ou agremiações as quais pertencem. Portanto a honestidade não depende de um novo partido mas sim de atitudes e desejo de sê-lo de seus filiados. Se numa caixa uma ou meia dúzia de maçãs estão podres não é mais coerente descartá-las do que jogar a caixa inteira fora? Adquirir uma nova caixa vai resolver o problema das podres? Estas não continuarão na mesma caixa contaminando as demais? E as maçãs boas desta caixa? Terão de pagar pelas podres? Pois é isso que a Marina resolveu fazer. É mais fácil criar um novo partido do que dar um novo rumo aquele onde esteve filiada, pois acredito que já não esteja mais. Ela pode ser uma pessoa honesta, mas escolheu o caminho mais fácil e demagogo para passar uma nova imagem. Agora eu pergunto: se ele não é capaz de se impor no partido ao qual esteve filiada vai consegui-lo num novo? Quem nasce líder é líder em qualquer circunstância. Portanto, ela será apenas pau mandado no novo partido e apenas um meio de sedução dos eleitores com sua delicadeza, serenidade e boas intenções. Pode ter certeza.
