DELÍRIOS
Quando, fechando os olhos contentes,
Eu respiro o perfume de teus seios,
E sinto o ardente calor de teus meios,
Torno-me um ser de atos inconseqüentes.
Nesta pequena ilha de quatro paredes,
Onde só há para comer: teu fruto saboroso
Eu bebo de tua água -- líqüido viscoso
E assim vou matando minhas sedes.
O sabor de teu alimento me inebria,
Leva-me a mundos, onde nunca iria
Se não fosse em tua nave, eu penetrar.
E enquanto o teu interior me faz delirar
Eu experimento um deleite de pavor
E o ápice do mais puro prazer e amor.
LEIA TAMBÉM:
SÚPLICAS DE UM DEVASSO
NOSTALGIA
UMA NINFARA
ARREPENDIMENTO
TODA VEZ QUE VOCÊ VAI EMBORA
A DOR DA PERDA
COISAS DO AMOR
|