POR FAVOR... VOLTE, MEU AMOR!
Minha alma vaga triste como numa tarde fria e chuvosa. E eu me sinto perdido, como se uma densa neblina envolvesse-me. Grito o teu nome, mas o som dolorido da minha voz se perde na imensidão do horizonte; pois não encontra o eco dos teus lábios. É como um grito silencioso, como um clamor em vão.
Ando de um lado para o outro, como se meu lar fosse uma densa selva e eu estivesse completamente perdido, sem saber para onde ir. Aliás, minhas pernas parecem me faltar, como se eu estivesse caminhado até a exaustão. É como estar preso numa ilha, num minúscula ilha na imensidão do mar.
Procuro relembrar todos os momentos que passei ao teu lado, todas as carícias, todos os beijos e todas as juras de amor. E É como se eu quisesse me prender ao último fio que me prende a você: a lembrança de nossos melhores momentos. E eu não consigo compreender o que deu errado; não consigo ver a tempestade que te arrastou para longe de mim. É como se estar cego, como se de um momento para outro eu me transformara num idiota, em alguém que se desprendeu do mundo, que sofresse de um aparente retardamento mental.
Como posso viver assim? Como posso cair eternamente nesse abismo que se transformou o meu futuro sem você? Pois eu me sinto despencando num abismo desde que você partiu.
Não, não faça isso comigo! Não me roube a existência, pois não existo sem você. Seja lá o que eu tenha feito, por maior que tenha sido o meu erro, estou disposto inclusive a sacrificar a minha vida para repará-lo e assim te ter de volta. Por favor, volte! Me dê uma chace...
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